quinta-feira, 19 de março de 2009

Pensando a ilha no seu global



Cinco personalidades ligadas à vida política e cultural da ilha abordam o passado, presente e futuro do Faial num suplemento do Expresso das Nove, publicado no final de Fevereiro mas que só agora li por inteiro. À parte as conversas políticas do costume, guardo aqui três excertos para o futuro.

«A ilha não é só cais aberto ao mundo, umbigo do Atlântico, sentinela avançada, ou espaço geo-estratégico - é, sobretudo, lugar de cultura e culturas. Nela habita um povo sábio, historicamente definido, dotado de um imaginário e de uma memória, possuidor de uma cultura e de uma identidade própria. Acima de tudo, temos que ter a consciência de que é através da cultura que poderemos marcar alguma diferença neste mundo em acelerado processo de massificação e globalização.»
Victor Rui Dores


«O cosmopolitismo, reconhecidamente saudado, que perpassou e perpassa pelas gentes faialenses resulta, fundamentalmente, da capacidade de assimilar as novas correntes culturais que ventos e marés fizeram escoar na sua abrigada baia, onde, até, a futura nação americana encontrou espaço de luta para a sua independência. Como em todas as existências, tem sido cíclico o viver faialense. Períodos de abundância contracenam com arreliantes momentos de penúria e de descalabro resultantes desta nossa intrínseca teluricidade, mas, como também é apanágio deste povo ilhéu, a luta pela sobrevivência (na Ilha ou na estranja) continuou a selar o carácter e o denodo das suas gentes.»
Ruben Rodrigues

«É tempo dos faialenses olharem para a frente e criarem os caminhos equilibrados para um desenvolvimento harmonioso, onde a justiça social seja um valor vivo e real, onde a preservação e equilíbrio ambiental seja uma constante, onde a economia produtiva seja uma realidade viva mas não delapidadora dos recursos, tudo isto num quadro de respeito pelas pessoas e de construção de uma sociedade mais culta, mais solidária, mais humana, mais aberta e mais empreendedora.»
José Decq Mota

3 comentários:

ematejoca disse...

What the Robin Told

The wind told the grasses
And the grasses told the trees.
The trees told the bushes,
And the bushes told the bees.
The bees told the robin,
And the robin sang out clear:
Wake up! Wake up! Spring is here!
~ author unknown

Um beijinho primaveril da Teresa de longe.

Anónimo disse...

palavras ...

ematejoca disse...

... mais palavras!

A minha poesia
É um jardim de luz
Em cada roseira sem espinhos
Há uma rosa para colher
Sem fazer sangue

Há uma rosa para ti no meu Jardim de Amizade, celebrando assim o teu blogue, que visito regularmente.

Uma semana cheia de bons momentos.