segunda-feira, 23 de março de 2009

Os Açores de John Updike

Chegou-me há pouco pelo correio o jornal Tribuna das Ilhas desta semana, trazendo a bordo um folheto comemorativo do Dia Mundial da Poesia. Sei que o dia já passou (21 de Março foi sábado), mas não resisto a postar aqui o poema do escritor norte-americano John Updike, que as Bibliotecas Públicas dos Açores nos convidavam a ler nesse dia. Originalmente publicado na Harper's Magazine, em Janeiro de 1964, e posteriormente traduzido para português por Jorge de Sena, é um legado de prestígio para a nação açoriana.



AZORES

Great green ships
themselves, they ride
at anchor forever;
beneath the tide

huge roots of Lava
hold them fast
in mid-Atlantic
to the past.

The tourists, thrilling
from the deck,
hail shrilly pretty
hillsides flecked

with cottages
(confetti) and
sweet lozenges
of chocolate (land).

They marvel at
the dainty fields
and terraces
hand-tilled to yield

the modest fruits
of vines and trees
imported by
the Portuguese:

a rural landscape
set adrift
from centuries ago;
the rift

enlarges.
The ship proceeds.
Again the constant
music feeds

an emptiness astern,
Azores gone.
The void behind, the viod
ahead are one.


John H.Updike (1832-2009)

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