Chegou-me há pouco pelo correio o jornal Tribuna das Ilhas desta semana, trazendo a bordo um folheto comemorativo do Dia Mundial da Poesia. Sei que o dia já passou (21 de Março foi sábado), mas não resisto a postar aqui o poema do escritor norte-americano John Updike, que as Bibliotecas Públicas dos Açores nos convidavam a ler nesse dia. Originalmente publicado na Harper's Magazine, em Janeiro de 1964, e posteriormente traduzido para português por Jorge de Sena, é um legado de prestígio para a nação açoriana.
AZORES
Great green ships
themselves, they ride
at anchor forever;
beneath the tide
huge roots of Lava
hold them fast
in mid-Atlantic
to the past.
The tourists, thrilling
from the deck,
hail shrilly pretty
hillsides flecked
with cottages
(confetti) and
sweet lozenges
of chocolate (land).
They marvel at
the dainty fields
and terraces
hand-tilled to yield
the modest fruits
of vines and trees
imported by
the Portuguese:
a rural landscape
set adrift
from centuries ago;
the rift
enlarges.
The ship proceeds.
Again the constant
music feeds
an emptiness astern,
Azores gone.
The void behind, the viod
ahead are one.
John H.Updike (1832-2009)
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