Já tinha ouvidos uns zunzuns, mas pensei que era boato... Entretanto, uma notícia já atrasada deu-me a certeza de que já não se pode confiar em ninguém. O Governo da República vai mesmo alienar 28 imóveis nos Açores e entre eles, pasme-se, encontram-se novamente o Forte da Guia e a posição da Espalamaca, desta vez acompanhados pelo Quartel do Carmo, pela Carreira de tiro e pelo Paiol geral.
Quando, há seis anos, o Instituto Açoriano de Cultura, a Câmara Municipal da Horta e os deputados regionais do PS, do PSD e do PCP eleitos pelo círculo do Faial uniram esforços para evitar a venda em leilão daqueles dois ex-libris da ilha, o assunto pareceu ficar resolvido.
Os fortes da Guia e da Espalamaca foram então retirados da venda em hasta pública pela Direcção-Geral do Património, do Ministério das Finanças, e a autarquia faialense reiterou publicamente o seu “interesse na aquisição do Forte da Espalamaca”, uma pretensão que perseguia desde 1997, “com vista a promover a instalação no local de um núcleo um núcleo museológico com as memórias da presença militar no concelho da Horta”.
Qual não é o meu espanto quando, por estes dias, vejo que os mesmos dois bens militares (já para não falar sequer dos outros três) voltaram a fazer parte de uma nova lista de bens a alienar. O que se passou entretanto? Quem falhou neste negócio? A Câmara? O Governo? Ou o dinheiro?
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