quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Amanhecer



Luz que dói na escuridão,
correndo o pântano da dor
com sua leveza e brilhantina.

Fio de incandescência,
que deixa transparecer
os pontos negros da alma
e os vazios do pensamento.

Esperança fina, ténue
como a dor quando arranca,
antes de surgir em força
e profundidade.

Suave toque de brisa
voando sobre a tempestade,
com a ligeireza da bruma
que não tem medo das raízes
de força bruta,
nem dos trovões de som eterno.

Lídia Bulcão


Crédito foto: Azorina/ Gilda Pontes

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