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Quebras a noite sem rasgos de dor
Indicas o dia com cheiro de amor
Fazes de mim poeta errante
Sem condições para ser amante
Coisa estranha esta de ser ilhéu. Pedaço de alma rodeado de lava por todos os lados. Ou será rodeado de... poesia?
Perguntam-me frequentemente qual é a minha ilha. A resposta podia ser simples. Podia ser, mas não é. Porque o nome de uma ilha não a define.
Dizer como se chama a minha ilha não diz mais sobre mim do que dizer como eu própria me chamo. Um nome é apenas um indicador, uma mera referência espaço-temporal. Já a ilha, essa, é tudo menos um lugar estanque.
Mais do que um cais de partida para aventuras insensatas, ou um porto de abrigo para as tempestades irrequietas, a minha ilha é o lugar onde consigo ver para além do horizonte.