Perguntam-me frequentemente qual é a minha ilha. A resposta podia ser simples. Podia ser, mas não é. Porque o nome de uma ilha não a define.
Dizer como se chama a minha ilha não diz mais sobre mim do que dizer como eu própria me chamo. Um nome é apenas um indicador, uma mera referência espaço-temporal. Já a ilha, essa, é tudo menos um lugar estanque.
Mais do que um cais de partida para aventuras insensatas, ou um porto de abrigo para as tempestades irrequietas, a minha ilha é o lugar onde consigo ver para além do horizonte.