Queria uma ilha só para mim.
Para me perder na sua finitude
e me encontrar na sua fragilidade.
Queria um pedaço de terra na minha mão.
Para deixar a alma criar raízes
e ficar de herança ao tempo.
Queria uma onda no meu horizonte.
Para mergulhar na sua agitação
e desaparecer sob a sua frescura.
Queria o que não pode ser.
O mar não me deixa ter
e a terra não me dá a conhecer.
Lídia Bulcão
3 comentários:
Ah, malandra. E não dizias às Gatas de Bordo que tinhas uma ilha escrita... ;)
Dizer eu disse, mas chegaste cá antes de ver o meu mail... Eheh! De qualquer modo, seja bem vinda!
Muitos parabéns, já era tempo!
Malandrinha da madrinha.
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