O Natal ainda vai longe, mas eu já entrei em contagem decrescente. Não para a festa, mas para o regresso ao porto de todos os abrigos. Daqui a uma semana estarei de volta à ilha, para as merecidas férias natalícias, junto às raízes e ao calor da família. Até lá, o tempo será medido pela importância dos dias em falta. Sei que as horas vão parecer minutos quando quiser agendar nelas todos os compromissos inadiáveis. Sei que os segundos vão parecer horas quando as memórias ficarem à deriva. Sei que vou arrumar as malas à última da hora e dormir mal na última noite. E tenho a certeza que quanto mais perto estiver daquele pedaço de encantamento maior será a vontade de sucumbir à vertigem da saudade.
Crédito da foto: Mário Leal
5 comentários:
Fiz o caminho ao invés, pois nasci nas beiras do Tejo e adoptei uma ilha, minha terra essa pois foi a que escolheu o meu coração... :-)
bem, eu devo ir para lá na sexta, confesso que apesar de querer estar aqui, de gostar de ter mais férias, apetece-me ver o faial, mas eu sempre tive este problema de querer estar em duas terras... sempre invejei aqueles esquemas de teletransporte rápido dos filmes de ficção científica por causa deste querer estar cá e lá ao mesmo tempo.
Elvira,
A diferença é que a minha escolha não foi feita pelo coração, embora tenha sido sobretudo por causa dele. A verdade é que a ilha estará sempre dentro de mim, o que talvez isso explique porque é que as margens do Tejo nunca serão a minha terra.
Geocrusoe,
Esse esquema de teletransporte também me dava cá um jeitão...
Cá te esperamos!
Espero que desta vez nos venhas fazer uma visita.
Beijoca
Vou fazer por isso...
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