A polémica proposta de Carlos César só tem servido para denegrir a imagem da autonomia regional perante o resto do País. Desde o escândalo da reportagem dos Golfinhos em 1993, que não me lembro de ver os Açores e o povo açoriano a serem tão enxovalhados publicamente em todo o País. Quase na hora da despedida, o presidente do Governo Regional dos Açores está a conseguir deitar no caixote do lixo o respeito e o mérito que a luta autonómica tanto se esforçou por conquistar nas últimas três décadas. E isto já para não falar no crédito político que o próprio Carlos César ainda detinha no partido e no País. Se a ideia era garantir a subserviência de mais 3700 funcionários regionais, o objectivo poderá até ser cumprido. Mas se era para fazer frente a Sócrates e mostrar ao País como se Governa uma região, então o líder do Governo açoriano excedeu-se largamente. Depois disto, Carlos César não mais poderá voar da região para a presidência do partido e muito menos aspirar chegar um dia à Presidência da República. O País não esquecerá. E os açorianos que foram tão duramente enxovalhados na praça pública também não.
3 comentários:
O problema aqui é o Carlos César pensar que os Açores são uma coutada privativa... Manda e desmanda conforme lhe dá na gana...
Ele é esperto, mas não se livra do que pensam os mais inteligentes, nem do julgamento das gerações vindouras.
Por acaso falo deste tema no mente livre de hoje. Temo que esta medida populista conduza uma factura muito elevada a cobrar no futuro.
Com esta atitude, César comprometeu toda e qualquer hipótese de fazer política no continente português.
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