A partir de hoje haverá menos 178 produtores de leite nos Açores, o que equivale ao resgate de quase 10 milhões de litros de quota e a uma compensação de 4 milhões de euros pagos pelo Governo. Sabemos que a quota agora resgatada vai para a reserva nacional, para depois ser redistribuída na região, de preferência na ilha onde foi gerada. Tudo muito certo e bonitinho, como dizem as notícias, não fossem os pormenores da indústria local e as circunstâncias particulares de cada ilha.
Vejamos o caso do Faial, uma ilha que há muito se debate com a falta de leite e que agora vai perder mais 20 produtores locais. Dos mais de 800 produtores que a ilha tinha em 1990, sobram apenas 150. Mas não se pense que a sua produção aumentou, fruto da redistribuição da quota resgatada. Pelo contrário, entre as ilhas produtoras de leite, o Faial é a única que não aumentou a sua produção desde a introdução das quotas leiteiras.
Há muito que se grita aos sete ventos a necessidade de aumentar a produção local, sobe pena de estrangulamento da sua indústria, mas os gritos têm caído em saco roto. Apesar do queijo Ilha Azul ter fama e qualidade reconhecida fora de portas, sem leite não há forma de haver retorno para o muito dinheiro investido na modernização das suas instalações.
A CALF segue numa crise sem fim à vista. Trocou-se o leite pela carne sem pensar nas consequências. E os 150 pequenos produtores que restam não chegam para satisfazer as necessidades da fábrica de lactícinios local, que precisa de 14 milhões de litros por ano para ser rentável. Do outro lado do canal, a situação não está melhor. Também o leite foi cedendo o seu lugar à carne, sem que a reconversão da agricultura tivesse sido feita de forma integrada. O leite quando falta, parece que é para todos.
E agora, pergunta o leitor, como vai o Faial sair desta? É fácil: fecha-se a CALF e manda-se os empregados de barco para outra ilha. Até às fábricas da Terceira ou São Miguel a viagem decerto não custa nada...
Vejamos o caso do Faial, uma ilha que há muito se debate com a falta de leite e que agora vai perder mais 20 produtores locais. Dos mais de 800 produtores que a ilha tinha em 1990, sobram apenas 150. Mas não se pense que a sua produção aumentou, fruto da redistribuição da quota resgatada. Pelo contrário, entre as ilhas produtoras de leite, o Faial é a única que não aumentou a sua produção desde a introdução das quotas leiteiras.
Há muito que se grita aos sete ventos a necessidade de aumentar a produção local, sobe pena de estrangulamento da sua indústria, mas os gritos têm caído em saco roto. Apesar do queijo Ilha Azul ter fama e qualidade reconhecida fora de portas, sem leite não há forma de haver retorno para o muito dinheiro investido na modernização das suas instalações.
A CALF segue numa crise sem fim à vista. Trocou-se o leite pela carne sem pensar nas consequências. E os 150 pequenos produtores que restam não chegam para satisfazer as necessidades da fábrica de lactícinios local, que precisa de 14 milhões de litros por ano para ser rentável. Do outro lado do canal, a situação não está melhor. Também o leite foi cedendo o seu lugar à carne, sem que a reconversão da agricultura tivesse sido feita de forma integrada. O leite quando falta, parece que é para todos.
E agora, pergunta o leitor, como vai o Faial sair desta? É fácil: fecha-se a CALF e manda-se os empregados de barco para outra ilha. Até às fábricas da Terceira ou São Miguel a viagem decerto não custa nada...