Sou feita de água salgada
e pedras de maresia,
mas no peito corre-me um rio
de magma e poesia.
Sinto a pele tisnada pelo sol
e os lábios cederem ao vento,
mas não hesito um segundo
em navegar debaixo do tempo.
Se o calor brilha no alto,
o corpo entrega-se ao trilho,
e sinto as ondas frescas do ar
quebrarem sem qualquer estrilho.
Mas se a tempestade navega
sem rumo ou direcção,
tenho em ti a melhor espera
e o repouso para o coração.
Lídia Bulcão
Foto: LBulcão
2 comentários:
Cara Lídia,
e que tal um livrinho?
Ou será que já existe e eu não tenho conhecimento.
Bom Domingo e boa semana.
César, a minha poesia ainda está a amadurecer. Um dia, quem sabe...
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