Torre do Relógio, Horta (Foto: LBulcão)
De frente para o tempo dos Homens
a escarpa é um lugar sentado,
olhando os ponteiros da vida
e os sons desse mar prateado.
Vejo cores de outros seres
e gargalhadas de dias maiores,
memórias que não se escrevem
à espera de sentimentos melhores.
Nas pedras, o rosto dorido.
Na terra, a dor que não sente.
É urgente tirar essa capa
e retocar o estuque por dentro.
Lídia Bulcão
4 comentários:
Maravilhoso!!!
Obrigado César!
não te conhecia poeta... ou não me lembrava
João, se calhar não conhecias mesmo. Prova de que não tens passado nesta ilha nas alturas certas. Foi com as experiências poéticas que ela nasceu. Tudo o resto veio depois...
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