quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Carlos César quer-se acima da Lei

Estou convencida: Carlos César acredita mesmo que está acima de Lei. Só assim se explicam as suas declarações de ontem. Todos queremos um Estatuto dos Açores melhor e mais forte, mas o líder socialista parece ter esquecido um pormenor essencial: é que na política, como na vida, os meios não justificam os fins. Quer concordemos ou não com tudo o que ela contém, a Constituição é a lei fundamental do País que também somos. Podemos contestá-la, podemos tentar melhorá-la, mas não podemos ignorá-la e, muito menos, passar por cima dela como o PS-Açores insiste em fazer. A ver pelo desrespeito com que aceita as decisões da Justiça, parece-me que precisa mesmo é de lições de direito. (E, já agora, de sentido de Estado também.)

8 comentários:

Anónimo disse...

Pasme-se.
Quando o PSD Açores, no Governo do Dr. M.Amaral, pretendia maior autonomia Administrativa e Financeira, lembranção o que os Socialistas fizeram e disseram?
Chubaram a proposta porque ela era "separatista". E agora?
Como a memoria destes senhores é tão curta!
S.A.

Anónimo disse...

Fvr ler: lembram-se e chumbaram.
Obrigado.

Carlos Faria disse...

Escrevi sobre o modo como foi gerido o estatuto no Incentivo. julgo que de cavaco aos vários partidos regionais todos cometeram erros, mas césar abusou para tirar dividendos a curto prazo, com uma estratégia coberta por sócrates que a longo prazo só prejudica a causa autonómica. Gerir no limite uma causa não é atacar a constituição deste modo

Anónimo disse...

Concordo plenamente com a Lídia.
Carlos César é um verdadeiro "César" dos tempos modernos. Para quem quer estar à frente de todos no protocolo de Estado e violar a CRP, com o argumento demagógico de defesa do povo açoriano, não poderíamos esperar outra coisa de "César", senão agora dizer que a culpa é de Cavaco e "deles".
O verdadeiro Homem de Estado é aquele que respeita as Leis e tem a humildade de reconhecer os seus erros. Infelizmente no Palácio de Santana só se conhece a arrogância dos tempos de "César" e a vitimização que a jovem democracia permite.

Henrique disse...

E qual o artigo da constituição que obriga a soberania nacional a ouvir os orgãos de soberania autonómica?

Pois... a resposta que vem de quem escreve neste blog é a mesma que se recebe dos outros tantos que passam a vida a apregoar em público as culpas do governo instituido: não sabem, não respondem, e se respondem, é só depois de se lhes fazer a papa toda, e dizer onde ir buscar informação..

"vitimização da jovem democracia" - a democracia só é vítima da liberdade que permite, porque beneficia voz igual a todos, mesmo aos que dizem coisas sem substracto documental; e é jovem porque durante muito tempo viveu-se constrangido, coisa aliás, que muita boa gente de direita quer ver de novo no país;

Anónimo disse...

Desculpe?!?!?! D
á voz igual a todos? Você vive onde? Quem não trabalha para o César está completamente lixado!
Há pessoas que de tanto repetirem disparates acabam por acreditar no que dizem.
Concordo com o anónimo de cima! É claro que vivemos numa pseudo-democracia. E não venha com a mesma treta de conversa de que a gente de direita e tal... quem está a constranger esta gente é o César!

Passe bem!

Anónimo disse...

O artigo é o mesmo que o PS invocou
para que, como pretendia o Dr. M Amaral, a autonomia não fosse alargada porque ponha em causa a soberania Nacional.Lembram-se?
Dizia-se que era o "caminho" para a Independencia.
Agora, é o que se ouve e o que escrevem muitos daqueles que nesta altura do campeonato, não querem perder o tacho.
..e passem bem.

Sandra disse...

...Mas quem é que não trabalha para o César nos Açores? Toda a gente nas ilhas trabalha directa ou indirectamente para o Governo, porque a iniciativa privada vive do dinheiro governamental...