Jornal de Notícias na rota de Genuíno

in JN, 27/05/2009

Porque na imprensa nacional há quem esteja atento ao regresso do pescador-velejador.

Porque nem só de poesia vive o Desambientado

«Não faça com que a democracia se extinga no local onde nasceu.
Não se abstenha, vote para o Parlamento Europeu,
mesmo que o seu voto seja em branco. Pior do que não
acreditar nos políticos é não acreditar na democracia.»

Féliz Rodrigues, in Desambientado

Cidadania da alma

Horta vista da vigia militar da Espalamaca (LBulcão)

«Ser natural de um lugar costumava significar ter nascido lá. Mas o mundo deu muitas voltas e com elas a legislação portuguesa, que agora nos dá a hipótese de escolher por naturalidade o lugar onde os pais vivem na altura do nascimento. Sei que esta definição legal é válida para efeitos de cidadania e todos os direitos a ela inerentes, mas pergunto-me se será válida para toda a vida e, sobretudo, para todas as vidas?

Olho à minha volta e vejo exemplos soltos que me fazem questionar tudo o resto. Conheço lisboetas nascidos e criados no Algarve que são mais alfacinhas do que muitos nascidos na Maternidade Alfredo da Costa. Conheço alentejanos criados em Cascais com mais amor pelas planícies do Alentejo do que alguns com sotaque bem cerrado. Conheço até açorianos que não nasceram nas ilhas, embora lá tenham crescido e deixado o coração.

Ter nascido num lugar não é, portanto, mais importante do que tê-lo experienciado, mas o que faz, na realidade, uma pessoa pertencer a um lugar? Poderá a geografia condicionar mais do que a cultura?

No sentido oposto, também não me faltam casos concretos. Conheço pessoas nascidas e criadas a duas ruas de mim que hoje me parecem ter vindo de realidades completamente diferentes, e a quem tenho até dificuldade em chamar conterrâneos. Conheço picoenses nascidos no Faial e faialenses nascidos no Pico. Tal como conheço continentais e estrangeiros que vivem na ilha, sentindo-se mais ilhéus do que muitos vizinhos.

Sei que Vitorino Nemésio dizia que os açorianos têm uma dupla natureza, moldada pela geografia e pelo mar. Mas será que a memória não nos molda tanto ou mais do esse mar, que nos arrepia a alma e amolece o coração? A pergunta-me cruza-me a alma vezes sem conta, mas talvez seja só eu, que continuo a sentir-me uma estranha na grande cidade, sempre em falta para com a ilha onde nasci.

Olho para o meu filho – continental para os açorianos e açoriano para os continentais – e pergunto-me até que ponto as raízes familiares e culturais de cada um de nós contam mais do que essa estranha geografia, que povoa os compêndios e o imaginário dos poetas. Olho para outras identidades, tão diferentes da minha, e ainda assim consigo encontrar semelhanças, feitas de amores e ódios, desejos e traumas, experiências e memórias. Mas olhando para o mapa da minha própria cidadania, não vejo senão a ilha dentro de mim, intensa e presente, por mais distância que o mar imponha entre nós.

Não sei, nem nunca soube, como se mede essa sensação de pertença a um lugar. Mas sei que, para mim, é como se os pés continuassem lá, enterrados naquela maresia em que tantas vezes limpei a alma. Não posso, por isso, ter outra naturalidade que não a cidadania da minha alma.»

Lídia Bulcão, in Avenida Marginal nº3, 29/05/2009

Estreia hoje documentário sobre "Mau Tempo no Canal"

Mau Tempo no Canal é o próximo livro da série Grandes Livros. O documentário vai para o ar hoje, na RTP2, pelas 21h15, com guião assinado pelo terceirense Luís Filipe Borges. O spot de promoção promete mostrar tudo sobre um dos maiores romances portugueses do século XX, que por acaso até é muito nosso.

Crédito da foto: RTP/Grandes Livros

Constâncio vai cair na sombra de Dias Loureiro

O burburinho em torno da demissão de Dias Loureiro do Conselho de Estado está a dar ao PS a oportunidade perfeita para deixar cair Constâncio sem grandes alaridos, ou pelo menos com danos repartidos. Pode ser uma boa jogada política. Será que a estratégia vai resultar?

Diferenças reais ou pormenores de agenda?

Enquanto Paulo Rangel se encontra com os produtores de citrinos descontentes e a CDU visita uma empresa onde os empregados ganham mais do que as chefias, Vital Moreira vai tomar café com antigos colegas. Serão estes vídeos do Diário de Notícias reveladoras das diferenças entre os diferentes candidatos ou apenas pormenores de agenda?

O Que Dói às Aves

Com os meus amigos aprendi que o que dói às aves
Não é o serem atingidas, mas que,
Uma vez atingidas,
O caçador não repare na sua queda

Daniel Faria, Poesia.

Epígrafe a "O Que Dói às Aves", o novo livro de poesia de Alice Vieira, lançado hoje pelas 19h00 na Livraria Ler Devagar, em Lisboa. Uma denúncia de sentimentos, relações e vivências feita através de palavras, frases e versos, que chega para as comemorações dos trinta anos da sua carreira de escritora.

Hemingway esperado a 6 de Junho

Quando o mapa de Genuíno Madruga assinala a distância de 850 milhas para o regresso às Lajes do Pico e o depósito guarda combustível para cobrir quase toda a distância sem vento, começa a vislumbrar-se a apoteose final. Se não houver mais surpresas desagradáveis, o pescador-velejador deverá desembarcar nas Lajes do Pico no próximo dia 6 de Junho. Até lá, vamos seguindo com ele, contando os navios que avista, ouvindo as cagarras com que se cruza, cheirando os ventos e as marés que o guiam. Na ansiedade das milhas finais desta II Volta ao Mundo em Solitário, seremos também passageiros do Hemingway. Porque neste diário de bordo há sempre lugar para mais um companheiro de viagem.

Crédito da foto: www.genuinomadruga.com

Entre o sonho e a realidade

Horta vista da ponta da Espalamaca (foto: LBulcão)

«As cidades pequenas e isoladas no Atlântico - Las Palmas, Bermudas, Funchal, Angra, Horta - têm um perfume salino e pétreo de fronteira entre o sonho e a realidade.»

Vitorino Nemésio, X. A cidade do canal, in Primeiro Corso

Vazia de sentidos

Sinto a alma oca,
intensa, podre,
vazia de sentidos
e rumos opacos,
esvaída em sonhos
e desejos incompletos

Os rostos do nosso futuro

Porque os bons exemplos merecem ser reconhecidos.

in jornal Incentivo

País em risco de escaldão

"Governar perto de eleições é como andar com a cabeça ao sol: fica-se tonto."

As palavras do director do Jornal de Negócios, Pedro Santos Guerreiro, traçam bem o retrato das incoerências e imprudências dos nossos governantes. Com sinais destes, não sei se haverá protector solar que salve o País de um grande escaldão.

Genuíno ao som das cagarras

De milha em milha, Genuíno Madruga vai encurtando as distâncias. Vagarosa mas persistentemente, o seu resistente Hemingway já está a pouco mais de 1200 milhas do Pico. Com vento fraco e mastro combalido, o pescador-velejador vai regressando fora de rota, ao som das cagarras que voam para Norte.

Crédito da foto: www.genuinomadruga.com

Aquário Virtual dos Açores virou folhetim

Não há obra programada para o Faial que não seja tirada a ferros. Depois da novela que foi o Teatro Faialense, da comédia em torno da nova escola secundária da Horta e da farsa à volta das novas intalações do DOP (para só falar nas mais emblemáticas), parece que agora é o novo aquário virtual que está encalhado. A obra em Porto Pim parece pronta e o centro devia ter sido inaugurado no ano passado, ou pelo menos assim foi anunciado. No entanto, nem a nova tutela parecia saber disso. A notícia é própria de um folhetim.

Crédito da foto: Arq. Nuno Ribeiro Lopes

Conjunturas e variáveis sobre a Atlântida

Podemos não ter sangue de Atlante, mas o mistério tem dado que falar nas ilhas. O recente livro “A Terceira Atlântida”, de Fernanda Durão Ferreira, está a levantar alguma poeira. Mas porque a história só por si não convence ninguém, as conjunturas continuam. Para os amantes da ciência, as hipóteses do geógrafo João Pedro Cunha no Ouvi Dizer também ajudam a perceber as variáveis em torno do desaparecimento da Atlântida. O continente, entenda-se.

Os Gato Fedorento estão fartos de si mesmos

Os Gatos estão fartos de si mesmos e vão voltar ao formato de sketches, avança o Público online. Parece que os humoristas olharam para o espelho e, de repente, descobriram o que estavam a fazer mal. Ou será que olharam para a concorrência e descobriram o que os outros estavam a fazer bem?

O herói que todos gostariam de ser

O primeiro regresso de Genuíno Madruga aconteceu há sete anos, precisamente pelas 15 horas dos Açores. Depois de ter inscrito o seu nome numa lista muito exclusiva, tornando-se o primeiro açoriano e o segundo português a completar a volta ao mundo em solitário, o pescador-velejador regressou a casa. A emoção daquele dia 18 de Maio de 2002 foi forte. Muito forte. Para ele e para os milhares de pessoas que o foram esperar ao Porto da Horta, transformando a frente marítima da cidade num mar de gente.

Em honra dele, o canal encheu-se de velas e embarcações náuticas, que correram para o mar, acompanhando o seu Hemingway ao longo das últimas milhas. Passaram sete anos, mas revejo a memória daquele dia como se fosse hoje. A bordo de uma embarcação da Capitania da Horta, tive a oportunidade de viver o momento e gravá-lo para sempre.

Lembro-me do balançar da lancha durante a longa espera e das suas consequências nos marinheiros improvisados. Lembro-me da agitação quando se avistou a vela do Hemingway e do brinde no reencontro. Lembro-me dos seus olhos a brilhar quando encontrou os do filho mais velho que seguia a bordo connosco. Lembro-me da surpresa no seu rosto quando virou a ponta da doca e foi surpreendido por milhares de vozes que saudavam o seu regresso. Lembro-me da emoção quando reencontrou a família e conheceu o neto nascido durante a sua ausência. Lembro-me da sua incredulidade perante tal moldura humana. Lembro, sobretudo, da sua incrível energia, que escondia a extenuação do corpo e as saudades da alma.

Passaram sete anos e o um momento semelhante ameaça repetir-se. O pescador que se tornou velejador por mérito próprio, vem novamente a caminho, com mais uma façanha realizada. Agora, pertence também ao clube exclusivo de 9 velejadores internacionais que conseguiram dar duas voltas ao mundo em solitário. E o canal está novamente à sua espera para saudar o herói que todos gostariam de ser.

Crédito das fotos: LBulcao/Tribuna das Ilhas

URGENTE: Salvadores de património precisam-se!

Procuram-se pessoas interessadas em fazer algo pelo património faialense, cuja degradação cresce de dia para dia. As fachadas descuidadas já não enganam ninguém e as ruínas ameaçam espalhar-se que nem ratazanas, infestando o centro histórico e os monumentos locais. Os turistas apontam, os visitantes criticam, os locais comentam e as entidades locais têm-se limitado a tapar o sol com a peneira. Agora, é tempo de passar das palavras aos actos. A iniciativa partiu do blogue Horta XXI, que procura associados para formar uma associação sem fins lucrativos para salvaguardar o património da ilha do Faial. Ter formação ou experiência na área ajuda muito, mas não é condição obrigatória. O que importa é que tenham vontade de fazer alguma coisa para ajudar a salvar o património que é de todos nós. Mais pormenores aqui.

Foto: Ermida do Pilar/Luísa Rodrigues

Genuíno a 1500 milhas das Flores

Mesmo sem mastro e com uma vela improvisada, Genuíno Madruga vai caminhando por esse oceano manhoso, em direcção a casa. Os preparativos estão suspensos e a ansiedade começa a crescer entre os que o esperam. Mas a bordo a saudade já é mais forte do que o receio. Faltam só 1500 para avistar as ilhas.

Benavente quer aprender com o sismo do Faial

A "Experiência vivida no sismo do Faial" é o tema da conferência que terá lugar hoje à noite no cine-teatro do concelho de Benavente. Os ribatejanos, que comemoram 100 anos sobre o sismo de 1909, querem aprender com os faialenses como sobreviver e erguer-se depois de uma catástrofe desta natureza. Os oradores convidados são Luís Paulo Andrade, Inspector Coordenador da Protecção Civil, que na altura do sismo era 2º Comandante dos Bombeiros Voluntários da Horta, e João Castro, actual Presidente da autarquia faialense. Espero que consigam aprender também quais os erros que não devem repetir.

A consciência de cada um

Porque a consciência é de cada um, mas os lugares na ALRAA são de todos nós.

Imagem via Zirigunfo

Sem varas!!!

Fez-se luz no Parlamento açoriano. A introdução da Sorte à Varas foi rejeitada, com 28 votos contra, 26 a favor e 2 abstenções. Por pouco, mas rejeitada, quiçá fruto do debate e da contestação que a blogosfera promoveu esta semana. Uma lição de democracia para todos nós, promovida por um estudante de direito terceirense. Obrigado Tibério, por teres tido a coragem lembrar aos nossos deputados para que foram eleitos.

Votação final dentro de breves minutos

Diz o presidente da ALRAA que o debate da Sorte de Varas está feito. Depois da prestação de ontem, ninguém diria. Entretanto, logo depois dos trabalhos terem recomeçado, a votação que ia seguir-se foi adiada mais 15 minutos. Mais um intervalo regimental, a pedido do deputado Paulo Estevão, para ver se chega ao plenário um deputado a favor que anda desaparecido. As pérolas não acabam neste Parlamento. A sorte final virá então dentro de 15 minutos, aqui. Até tenho medo...

Deviam ter vergonha!

Os trabalhos da ALRA terminaram por hoje sem que a votação final tenha chegado. Foi um debate feito de lugares comuns, frases feitas, demagogias e ataques cerrados ao PCP e o BE. Atacou-se mais a Zuraida Soares do que os 26 defensores das sortes de varas. Falou-se mais de Salvaterra de Magos e de Barrancos do que dos Açores. Não ouvi explicações decentes, nem argumentos sensatos. Ouvi, sim, demagogias de parte a parte e um chorrilho de palavreado que tentava a todo o custo desviar as atenções do tema central. Os deputados a favor pareceram mais preocupados com as repercussões do debate nas eleições do que com a real vontade dos açorianos. Quanto aos outros deputados do contra, quase nem se ouviu um ai, como se lhes ardesse a garganta com outro mal. E foi para isto que aumentaram o número de deputados na ALRA? Vergonha senhores. Deviam ter vergonha!

Com sorte, talvez sem varas...

Parece que a luz está a querer chegar à ALRA e a entrar na cabecinha de alguns deputados. Não sei se a manifestação de ontem na blogosfera teve algum efeito neles, mas dizem não está fácil assegurar os três votos que faltam para garantir a aprovaçao da Sorte de Varas. A ser verdade, parece indicar que pelo menos os deputados que não assinaram o documento original mantêm ainda alguma sanidade mental. Com sorte, o diploma das varas não passa. Mas já se falam de alterações que permitam excepções à regra do não. Mais explicações no jornal União e no Correio dos Açores. A debate e votação final deverá seguir dentro de momentos aqui.

Ser cidadão também é dizer Não à Sorte de Varas

Ser cidadão não é só ter direito a um cartão de plástico. É também defender o que se pensa e não ter vergonha, nem preguiça, de o dizer publicamente. Por essa razão, A ilha dentro de mim adere à iniciativa do In Concreto e junta assim a sua voz à blogosfera açoriana para dizer bem alto NÃO À SORTE DE VARAS NOS AÇORES!

Tristeza pingada

O Inverno chora lá fora
e as suas lágrimas jorram
sem rumo ou direcção,
ao arrepio das dores
e dos incómodos da alma.

Mastro destruído complica regresso a Genuíno

O regresso do herói a casa nunca é um caminho fácil e Genuíno Madruga está a senti-lo na pele. O pescador-velejador perdeu o mastro e uma vela do Hemingway, navegando agora a uma velocidade reduzida, graças à mestria do seu improviso, que fez um mastro de uma retranca e criou uma vela alternativa. Com tal força e engenho, não há ventos ou tempestados que dobrem o homem, que insiste em manter o rumo. Que Neptuno olhe por ele!

Memórias para emoldurar

A separata sobre o Património da Humanidade existente nos Açores, publicada na revista National Greographic deste mês, é um documento que vale a pena ler e guardar. São memórias de Angra do Heroísmo e das vinhas do Pico, captadas pelas lentes dos repórteres daquela revista ao longo dos anos. As imagens merecem mesmo molduras.

Mais uma Loja Açores em Lisboa

As iguarias açorianas continuam a dar que falar em Lisboa. Está a ser inaugurada agora, no Saldanha, mais uma Loja Açores. E como se não fossem suficientes as compotas, os refrigerantes, os chás e outros que tais, o novo espaço ainda trás como brinde um posto da Rede Integrada dos Açores de Apoio ao Cidadão (RIAC), para acentuar a proximidade e facilitar a prestação de serviços. Seguir-se-ão o Porto e o Funchal. São boas notícias para todos nós, açorianos migrados.

Crédito da foto: GACS

Um bom pedaço de futuro

Crédito da foto: LBulcão

E se pudéssemos viver no meio do oceano? E se a nossa cidade estivesse rodeada de mar por todos os lados? Há quem defenda que daqui a 30 ou 40 anos vai haver lugares assim um pouco por todo o mundo, sob pena de perdermos o nosso bem mais precioso, que é esse mar azul. Até lá, acho que a Horta já vai sendo um bom pedaço desse futuro...

Vírus à solta na blogosfera de referência

Andava com esperança de que fosse um vírus passageiro, um pequeno resfriado que tivesse atacado isoladamente. Dia após dia espreitava, sorrateiramente, à espera que de um novo post, um retorno inspirado ou um olá passageiro. Mas mudaram os dias, as semanas, e entretanto surgiu novo caso, depressa multiplicado e ampliado. Foi então que tive a certeza de que o vírus está a alastrar na blogosfera de referência e a epidemia ameaça ser fatal. A Origem das Espécies e o Sinusite Crónica já sucumbriam. Esperemos que a praga não se transforme em pandemia.

Não basta recuperar as fachadas!

A Câmara Municipal da Horta parece ter acordado para a realidade que nos últimos anos anos tem vindo a corroer as entranhas da cidade - a degradação dos edifícios urbanos. Em fim de mandato e ante-vésperas de eleições, o município decidiu atribuir apoios financeiros para ajudar a recuperar as moradias degradadas no centro histórico, segundo noticia o site Faial Online. A medida, integrada no projecto «Horta Viva», só peca por tardia. Mas quando mais de um quinto dos edifícios do centro urbano da Horta estão a perder-se - 15% em mau estado e 8% em ruínas - é fácil adivinhar que a "lavagem" das fachadas não vai ser suficiente para tirar as "ramelas" à cidade. Vai ser preciso muito mais do que isso para lhe devolver os moradores perdidos.

Crédito da Foto: MRosa

Se espirrar, nem entra!

Depois do fim-de-semana prolongado, vem agora a ressaca. Está confirmado o primeiro caso de gripe A (ex-suína) - em Portugal, segundo notícia do Público. Há muito que o País ansiava por um lugarzinho no mapa da pandemia e - Parabéns! - conseguiu. Graças a isso, os telejornais acabam de ganhar um novo fôlego para as próximas semanas e as farmácias vão sair da crise. Os portugueses vão deixar de falar da Maddie e o consumo de vaca vai triplicar. E como se não bastasse o controlo dos líquidos a bordo, nada será como dantes nos aviões portugueses. A partir de agora, todo o cuidado é pouco: se espirrar, nem entra!

Fim-de-semana com livros

O fim-de-semana comprido deu aos lisboetas uma boa desculpa para fugirem da cidade. A mim, deu-me a melhor desculpa para querer lá entrar. É que acaba de abrir a Feira do Livro 2009. Haverá razão mais perfeita?