Fotos: LBulcão
Não conhecia a tradição terceirense de fazer romaria a pé até ao santuário da Serreta por ocasião da festa de Nossa Senhora dos Milagres, mas confesso que fiquei impressionada com o que vi no último fim-de-semana. Só no sábado à tarde, e no espaço de três horas, contei mais de 700 caminhantes entre Angra do Heroísmo e a Serreta, um percurso que ronda os 20 km e que a maioria faz em cerca de 7 horas de caminhada. Ao todo, terão sido certamente mais alguns milhares, a ver pela afluência das ruas, que começou na quinta-feira e se prolongou pelo domingo dentro. Vinham de todos os cantos da ilha e não se pode dizer que fossem romeiros típicos. Uns iam de chinelos, outros de ténis, alguns mesmo descalços, mas havia-os de todos os géneros: velhos e novos, crianças e jovens, pagadores de promessas e escuteiros, casais e grupos, desportistas e solitários. A maioria trazia mochilas às costas ou garrafas de águas nas mãos, mas também se viam velas de vários tamanhos e feitios e outros que não traziam nada mas paravam em todas as tascas ou roulottes que apareciam pelo caminho. O passo dependia do ritmo e do cansaço, mas todos mostravam uma vontade inabalável de chegar à Serreta. E fossem quais fossem os seus motivos, a verdade é que provaram que só lá vai quem quer. E quem quer pode.
2 comentários:
Admiro estas pessoas,é o manter de uma tradição antiga,que vale sempre a pena.
E pelo que pude perceber, não só a mantêm como a revitalizam, porque as romarias estão francamente em crescendo de ano para ano. Muito bom sinal!!!
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