Para encerrar as férias em grande, nada como a fusão dos sentidos com os prazeres que só as ilhas têm para oferecer. A delicadeza de umas cracas fresquinhas a desfazerem-se na boca e a intensidade de umas lapas grelhadas a prender-nos o paladar. O cheiro da maresia que nos entra pelo nariz dentro e o calor da areia que nos emprenha os sentidos. O vento a despentear-nos pelas encostas mais altas e o silêncio da terra que vem das profundezas. A cor das fachadas e das varandas floridas, que vão serpenteando a cidade e as suas calçadas. A magnitude da noite e das conversas perdidas por entre ruelas singelas e esplanadas sentidas. O sorriso das gentes que fazem da estrada o seu trilho pedestre, carregando na alma votos eternos e desejos secretos. A energia da música que nos preenche a alma e o valor das amizades que não se perderam nas ruínas do tempo. Foi assim o meu último fim-de-semana de férias nos Açores. Quase perfeito!
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