sexta-feira, 7 de maio de 2010

Variantes simples para a equação CALF


A Cooperativa de Lacticínios do Faial só sobrevive com apoios públicos. A notícia da RTP-Açores não surpreende quem há muito vem acompanhando a situação complicada que se vive na CALF. Nem tão pouco a quem, como eu, encontra o queijo Ilha Azul à venda no Intermarché mais próximo a menos um euro do que se compra em qualquer outro ponto de venda nos Açores. E é um valor bem abaixo do preço de outros queijos tipo prato de muito menor qualidade e nenhum sabor diferenciado. Mas, curiosamente, até hoje nunca ninguém se lembrou de fazer uma simples campanha publicitária para divulgar o nome do produto no continente, onde tem o seu principal mercado. Qualquer empresário sabe que uma boa campanha faz aumentar a procura e consegue acrescentar valor diferenciado a um produto que, só por si, já é considerado um dos melhores queijos do género. Tal como sabe que só com maior procura se pode subir o preço para o valor que merece. Será que nem as mais simples regras da economia e do marketing podem ser aplicadas para ajudar a resolver esta complicada equação? A mim quer-me parecer que o Estado tem sido a única variante tida em conta até aqui. E está visto que por si não vai resolver nada. Será que não há ninguém capaz de resolver equações destas na Lactaçor? Ou será que não lhes interessa?

5 comentários:

Diogo Duarte disse...

É mais fácil injectar lá dinheiro do que perder um bocadinho a pensar em soluções. Algumas delas bem básicas como é referido no post.
E depois desculpa-se tudo com a crise.

Carlos Faria disse...

não sei, mas suspeito que não lhes interessa, pois isso pode ser uma transferência de poder de quem o detém hoje e depois há a perda de controlo de mais um grupo de pessoas.

RD disse...

Segundo o Tribuna, o Sr. José Agostinho vai fazer uma viagem a Bruxelas, pela mão do Dep. Luís Paulo Alves e aos quais se juntam mais empresários açorianos ligados a produtos regionais...

Carlos Faria disse...

Suspeito que o problema não esteja em Bruxelas, mas cá.
Os culpados, seguramente, estão do lado de cá da fronteira e é com esses que importa negociar ou então tirá-los do caminho.

A ilha dentro de mim disse...

Neste contexto, julgo que Bruxelas não é o problema, nem tão pouco a solução. Quando muito talvez seja apenas mais um lugar para sacar uns cobres...