quinta-feira, 16 de agosto de 2007

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Sem hora marcada

Um grito no escuro
que nos arranca a alma
Um frio na espinha
que penetra nos ossos
Um minuto de som
que não se perde com os anos

Eco inevitável

Às três e meia, o galo cantou. Não uma. Não duas, mas três vezes. Ao mesmo tempo, o menino chorou. Não uma, não duas, mas três vezes. Como se fosse um eco inevitável, como se o mundo dependesse daquele som. Como se nada mais importasse. E na verdade não importa. Porque o mundo onde ouvi o galo cantar é o mesmo onde não quero ouvir ninguém chorar.

Memórias

Um cheiro que não esquece
Um sabor que perdura
Um manjar que deleita
Uma viagem segura

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Lua de Prata

Lua de prata
que te espelhas no horizonte,
desce ao azul
que ameaça perder-se
na profundidade


Lua branca
que pareces cair sobre o mundo,
desce à vida
que se lentamente se acanha
à superfície


Lua grande
que encandeias a noite,
desce à solicão
que alumia a alma
da açorianidade