quarta-feira, 10 de março de 2010

Na cadeia da Horta até os guardas se queixam!


A notícia de hoje é mais uma prova de que a vida no Estabelecimento Prisional da Horta é um bom exemplo do País que temos. Os guardas queixam-se que são poucos e trabalham em condições precárias. Os prisioneiros, pelo contrário, são tantos que as celas onde mal cabe um chegam a abrigar três. O edifício precisa de reparações e obras urgentes, mas o dinheiro que vem da tutela nem chega para disfarçar a humidade das paredes. Ali, até as cadeiras estão no degredo, partidas e em parco número para sentar todos os que precisam comer. Nos impérios da ilha é capaz de haver centenas de cadeiras empilhadas para usar nos dias de festa, mas não há uma alma caridosa capaz de oferecer uma dúzia para sentar os que estão a pagar pelos seus pecados. Cá fora, ninguém parece preocupar-se muito com o que se passa lá dentro e os poucos que tentam fazer alguma coisa são assobiados pelas vozes que gritam "não vale a pena". Enquanto isso, a sociedade e os seus governantes desviam os olhos do que não interessa e a segurança da ilha é apenas um pormenor em que todos fingem acreditar.

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