quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Confissões tardias de um director regional


Quando no último Verão, em plena campanha para a Assembleia da República, fiz uma chamada de atenção para o atraso em que se encontrava o processo da Casa de Arriaga, houve quem no Faial preferisse fazer orelhas moucas às minhas palavras, com o argumento de que era um assunto que não dizia respeito à República, nem tão pouco a uma candidata faialense que concorria à Assembleia da República pelo círculos dos Açores. Como se Manuel de Arriaga não tivesse sido o primeiro presidente da República, nem a construção da sua casa-museu no Faial estivesse integrada nas comemorações do centenário da República.
Agora, que as eleições já passaram, que a directora regional da cultura responsável por todo o processo foi promovida a ministra da Cultura da República e que as comemorações do centenário já foram inauguradas, o novo director regional da Cultura, herdeiro da "batata quente", esteve ontem no Faial para receber o projecto final de arquitectura e confesssar aquilo que há muito se temia: só agora vai ser iniciado o concurso para a obra, orçada em 1 milhão de euros, mas não há qualquer garantia de que esteja pronta a tempo das comemorações. Efectivamente, agora, a reconstrução da casa de Arriaga vai deixar mesmo de ser assunto da República. Para azar dos faialenses e de todos os que lutaram para que o Faial não ficasse fora destas comemorações.

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